A criação do novo sistema de pagamento universal brasileiro representa mudanças drásticas para o setor financeiro, que deve se adequar à alternativa proposta pelo Banco Central (BC)!
A abrangência do PIX, novo serviço instantâneo de pagamento criado pelo Banco Central, chama a atenção do sistema bancário na medida em que promete revolucionar a relação entre os brasileiros e as instituições financeiras.
Na prática, a plataforma possibilitará que os usuários enviem e recebam recursos em intervalos de segundos, sem custos ligados à operação.
Se caracteriza como um novo meio de pagamentos, buscando simplificar transações de entre pessoas ou empresas.
Atualmente, existem formas e meios consolidados para se atingir essa mesma finalidade.
No entanto, a diferença de eficácia e facilidade processual chama a atenção.
Para que possamos entender a real influência do PIX no Brasil de hoje, é importante analisar como a ferramenta se relacionará com formatos de serviços financeiros historicamente presentes no cotidiano das pessoas.
Qual será a recepção de sistemas tradicionais?
Operacionalização do novo sistema
Para entender a relevância do PIX, é necessário se aprofundar no funcionamento e características do sistema.
Quanto à velocidade, o tempo de processo de uma operação é quase instantâneo para todas as partes envolvidas, levando, no máximo, 10 segundos.
O pagador, por meio da figura da pessoa física, não receberá nenhuma taxa de cobrança ao utilizar o PIX.
A obtenção de recursos para compensar o custo da solução se dá pela captação de R$ 1 centavo à cada dez transações do componente creditado.
Além disso, o serviço consegue atingir qualquer tipo de pagamento ou transferência que são realizados em território brasileiro.
Isso significa que o PIX poderá ser utilizado entre pessoas, empresas, ou até mesmo em transações mais complexas do governo, além de funcionar 24 horas por dia, todos os dias da semana e do ano.
Se você deseja realizar uma operação bancária no período noturno, por exemplo, o PIX estará disponível, sem restrições de uso.
Inovação é palavra-chave nessa implementação do Banco Central.
Com a multiplicidade ligada à possibilidade de pagamentos e transferências, desde os procedimentos mais simples aos mais complexos, a população terá à disposição uma ferramenta puramente intuitiva, sem inconvenientes e entraves burocráticos prejudiciais para a experiência do usuário.
O impacto sobre as “maquininhas” e o serviço de débito
Em estabelecimentos que aceitarem o PIX, as compras poderão ser pagas através de QR Codes com compensação instantânea.
Isso significa um grande potencial do sistema em substituir o cartão de débito e até o dinheiro em espécie.
Com o PIX, a demora na compensação de pagamentos será solucionada, outro trunfo que diferencia a solução e credita sua entrada no cenário nacional.
Segundo o Banco Central, a ideia é que essa competitividade e eficiência operacional proporcione cada vez mais oportunidades.
Métodos de transferência tradicionais em risco?
Os modos de transferência de dinheiro mais conhecidos e utilizados carregam alguns obstáculos que dificultam qualquer linha de comparação com o PIX.
Podemos citar o alto custo relacionado à operação, limitações de data e horário, a demora para que o valor seja compensado no destinatário, entre outras características que pesam negativamente e contribuem para que o cliente coloque essas diferenças na balança.
Já com as transações do PIX, os usuários terão disponibilidade para realizar transferências imediatas.
A vantagem competitiva da plataforma do Banco Central se estende à questão do Customer Experience.
O procedimento atual de se formular uma transferência não é intuitivo, pelo contrário, exige uma quantidade elevada de informações e apresenta riscos à experiência do consumidor.
No PIX, os dados serão reunidos em uma única chave de endereçamento, dispensando o fornecimento de um conjunto de informações pessoais.
Desdobramentos para o mercado financeiro
Com esses efeitos práticos colocados à mesa, pode-se levar o tema para a visão do setor financeiro e como o mesmo deverá se comportar após a chegada do PIX.
A tecnologia é proveniente do Banco Central, mas todas as instituições terão a responsabilidade de criar uma plataforma a fim de oferecer o serviço no aplicativo bancário.
De certa forma, a premissa aponta para um futuro de menores custos transacionais e muito mais agilidade aos processos, colocando a comodidade do público consumidor como prioridade.
Esse é mais um reflexo da transformação digital e sua ingressão gradual no mercado financeiro.
A inovação tecnológica visualizada no PIX simboliza essa mudança de mentalidade generalizada.
O programa estará disponível para correntistas de quaisquer bancos, fintechs específicas e outras redes financeiras credenciadas pelo Banco Central.
Pela perspectiva da população, mostra-se uma grande oportunidade de se aproveitar do que a tecnologia tem a oferecer a fim de melhorar uma atividade indispensável.
Às empresas, o compromisso é personificado na busca pelos melhores métodos de se adequar ao PIX e torná-lo acessível a seus clientes.
No fim, os ganhos pesam positivamente para todas as partes interessadas em um serviço de qualidade.
Qual é a sua opinião sobre o PIX e os efeitos para o setor financeiro?
Por: Jorge S. Camargo é Diretor de Automação Bancária e Prevenção a Fraudes da Orion, companhia provedora de soluções.